Pular para o conteúdo principal

Desejo

Desejas conquistar o que os teus sonhos reflectem

Desejas voar
Para um lugar
Sem correr o risco de chorar
Distante como o olhar
Com a vontade de gritar

Desejas mergulhar
Nas águas mais profundas
Mergulhas nas lágrimas
Na esperança de recomeçar

Desejas caminhar
Na cidade vazia
Com a ânsia de procurar
A solitária poesia
Da emoção solitária


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Destino de May

May era o nome daquela Rapariga que nasceu num cenário cinzento sem luzes, sem esperanças ...como as cores do arco-íris? Não!.. Era uma rapariga de uns olhos grandes e atentos como pirilampos reluzentes. Cabelos longos e rebeldes que escondem sempre aquele rosto misterioso e sublime. Olhar que esconde um mundo Vasto e Intenso. May devora livros de contos de fada, histórias mágicas que levam-nos para outras dimensões e outros terrenos que nos dão a liberdade de poder sonhar e acreditar.  Todos os dias encontro-a em cima do telhado a navegar naqueles textos. Ela vive na incerteza, nas perguntas sem resposta e na escuridão da noite.  Vi-a Uma vez! Uma única vez! Quando estava furiosa e aqueles olhos ferviam meus olhos também! Estava ela sentada naquele Telhado... no meu intelecto desconfiava que aquilo não estaria certo porque nunca nenhum anjo daquela dimensão poderia estar tão REVOLTADO!..Até que saltei para o telhado e sentei-me simplesmente. Até que ela...

Coração de Soldado

Recordo-me parte da minha infância a ouvir histórias contadas pelo meu pai sobre a vida que ele teve ao longo do seu percurso em Moçambique, como Combatente de Ultramar. Com a compreensão e o olhar fixo sentia a curiosidade de entrar no coração dele para descobrir os medos, a guerra, o sofrimento, o povo e as formas de encarar aquele cenário de guerra. Tudo o que me contava eu guardava com apreço e ficava na minha memória aquele olhar profundo do meu pai. Fixo no horizonte que por vezes desviava o olhar para esconder os sentimentos que infelizmente acabavam por estar transparentes sem ele pensar. Não foi fácil de conversar sobre o dia-a-dia de um soldado que foi obrigado a ir para a guerra e que acabava por ser ainda mais difícil quando nenhuma pessoa estava para o ver partir dando um apoio emocional como não tinha nenhuma pessoa para o ver regressar com a dor que carregava com ele. Simplesmente levou com ele a esperança no peito e a distância no olhar que da mesma forma trouxe com...

Mendigo

Como se sentirá um sem-abrigo? Como é viver todos os dias nas ruas, lutando apenas pela sobrevivência? Ele é feliz assim? Será que foram obrigados aceitar o triste destino das ruas? ou tinham outras hipóteses, chances, oportunidades..se tiveram porque deram tudo a perder?! Só há uma resposta, por vezes sentimo-nos tão inúteis por dentro que pensamos que não temos valor e que a única maneira de ser feliz é silenciar as noites escuras e esconder o pensamento dos fantasmas que nos amedrontam no dia-a-dia..Dedico este texto a todos sem-abrigo que existem e vivem nas ruas de Portugal, porque apesar de optarem ou não optarem a vi que têem, continuam a ser humanos com sentimentos, sobrevivem dia após dia e com um coração forte.